O desemprego, o ócio, e o Euromilhões

Estou desempregado há quase duas semanas. E posso-vos dizer que é uma sensação boa. A prova é que nestes dias praticamente não li blogs. Não postei nada (ou quase nada) no blog. E não joguei no Euromilhões.

Passados que estão, qual na sua totalidade, os meus dias de "férias pré-novo emprego", dou comigo a pensar, como sempre, "mas o que é que eu fiz nestes dias?".
Nestas ocasiões pensamos sempre que vamos conseguir descansar, arrumar a papelada lá em casa, ir ao banco, tratar de todos os assuntos que andámos a adiar durante anos a fio.

Mas a verdade é que nestes dias me dediquei quase inteiramente à prática do ócio. E o ócio é uma coisa que eu levo muito, muito a sério. Obsessivamente, mesmo. E quando temos uma dedicação tão genuína, tão bonita, a um sentimento nobre como este, não sobra tempo para mais nada.

É certo que eu poderia estar a trabalhar desde dia 1 de Janeiro. Mas não me quis precipitar. De um modo geral, acho que o trabalho não é uma coisa para a qual nos devemos precipitar.

Mas nada temam: a partir de 14 de Janeiro prevejo que este blog vai animar novamente. Mas apenas por uma semana. Na semana seguinte vou ganhar o Euromilhões.