A Primeira Companhia é a "Tele-Tropa"
Eu gosto de ver televisão. E como tal tenho que gostar do chamado tele-lixo.
Não tenho acompanhado os últimos "Big Brothers" com famosos, "Big Brothers" sem famosos, Quintas, ou programas da Tropa. Tudo com o sêlo de qualidade da TVI, pois 'tá claro. Mas não é por falta de vontade. Gosto de ver essas coisas. É tão refrescante e libertador como ver um filme muito mau, tirar um macado do nariz ou coçar o rabo. Quando estou em casa ligo sempre a televisão nesses programas.
Gosto particularmente deste programa da tropa. Nem é pelos famosos que participam. Acho aquilo engraçado.
Desde que um amigo meu foi escolhido (o único que conheço que teve esse azar) para ir passar uma temporada na recruta em Vendas Novas, que me fascinam todos os aspectos da vida militar, ou pelo menos os do Serviço Militar Obrigatório (SME) que vigorava na altura.
Talvez seja por, malogradamente, ter ficado inapto na inspecção, nesse ano longínquo de 2000, devido a um gravíssimo problema de saúde relacionado com uma forte e "exuberante" alergia a pólens de gramíneas. Mas a verdade é que acompanho com dedicada atenção este programa. (O termo "exuberante" não é meu. Foi o doutor que o usou. Talvez se referisse ao nível sonoro dos meus espirros e ao ranho e lágrimas abundantes que esses pólens dos infernos me causavam na altura).
O programa funciona como uma espécie de tele-escola, neste caso será a tele-tropa. Vemos as ordens esclarecidas dos instrutores, e os exemplos dos "famosos" nas várias "instruções", e é como se estivéssemos a viver aqueles momentos gloriosos.
Aprendemos coisas tão utéis e interessantes como a famosa "Queda na máscara", a fazer a "Ordem Unida", como determinar qual é o nosso "olho director", ou ainda em que situações devemos usar a farda número 1 e não a número 3. Se isto não é serviço público, então não sei o que será serviço público.
E aprendemos as vozes de comando. Estas são-me particularmente caras. Penso mesmo que seria mesmo possível declamar as obras completas de Pessoa apenas com recurso a palavras que soam todas a "Eeeee Op!". Pelo menos os instrutores conseguiam. E os recrutas iam perceber.
Até consigo sentir a camaradagem. A entre-ajuda dos "camaradas" na caserna (sim, porque "colegas são as putas!"), e compreendo a importância do espírito de corpo. É como se estivesse lá eu.
Ai as memórias que o programa me trouxe... E logo a mim que nem sequer fui à tropa.
Não tenho acompanhado os últimos "Big Brothers" com famosos, "Big Brothers" sem famosos, Quintas, ou programas da Tropa. Tudo com o sêlo de qualidade da TVI, pois 'tá claro. Mas não é por falta de vontade. Gosto de ver essas coisas. É tão refrescante e libertador como ver um filme muito mau, tirar um macado do nariz ou coçar o rabo. Quando estou em casa ligo sempre a televisão nesses programas.
Gosto particularmente deste programa da tropa. Nem é pelos famosos que participam. Acho aquilo engraçado.
Desde que um amigo meu foi escolhido (o único que conheço que teve esse azar) para ir passar uma temporada na recruta em Vendas Novas, que me fascinam todos os aspectos da vida militar, ou pelo menos os do Serviço Militar Obrigatório (SME) que vigorava na altura.
Talvez seja por, malogradamente, ter ficado inapto na inspecção, nesse ano longínquo de 2000, devido a um gravíssimo problema de saúde relacionado com uma forte e "exuberante" alergia a pólens de gramíneas. Mas a verdade é que acompanho com dedicada atenção este programa. (O termo "exuberante" não é meu. Foi o doutor que o usou. Talvez se referisse ao nível sonoro dos meus espirros e ao ranho e lágrimas abundantes que esses pólens dos infernos me causavam na altura).
O programa funciona como uma espécie de tele-escola, neste caso será a tele-tropa. Vemos as ordens esclarecidas dos instrutores, e os exemplos dos "famosos" nas várias "instruções", e é como se estivéssemos a viver aqueles momentos gloriosos.
Aprendemos coisas tão utéis e interessantes como a famosa "Queda na máscara", a fazer a "Ordem Unida", como determinar qual é o nosso "olho director", ou ainda em que situações devemos usar a farda número 1 e não a número 3. Se isto não é serviço público, então não sei o que será serviço público.
E aprendemos as vozes de comando. Estas são-me particularmente caras. Penso mesmo que seria mesmo possível declamar as obras completas de Pessoa apenas com recurso a palavras que soam todas a "Eeeee Op!". Pelo menos os instrutores conseguiam. E os recrutas iam perceber.
Até consigo sentir a camaradagem. A entre-ajuda dos "camaradas" na caserna (sim, porque "colegas são as putas!"), e compreendo a importância do espírito de corpo. É como se estivesse lá eu.
Ai as memórias que o programa me trouxe... E logo a mim que nem sequer fui à tropa.
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