"Em moeda antiga"
Voltei de férias. Já vou a meio da primeira semana de trabalho mas ainda não tinha tido coragem de escrever aqui.
Voltar de férias é sempre mau. Parece que cada vez é pior. Cada regresso é mais doloroso e traumatizante.
Quando voltamos de férias o ideal é estar uns diazinhos sem fazer nada, só para descansar das férias. Preparar os próximos projectos... ler umas coisas. Enfim... estar uns dias sem fazer nada.
O problema é que este plano de pousio pós-férias se torna complicado quando vamos imediatamente para um cliente, sem passar pela casa da partida (que é como quem diz: pelo escritório). E já agora, sem receber os dois contos. Dois contos em moeda antiga, bem entendido. É que se não usarmos esta expressão fantástica: "em moeda antiga", niguém se iria lembrar o que era isso dos "contos".
E qual é o mal de ir trabalhar para a "casa" de um cliente? O mal, é que sendo nós profissionais pagos à hora (leia-se prostitutas consultoras), pode tornar-se complicado explicar ao cliente: "Olha, já estás a pagar para eu estar aqui, mas estas primeiras 32 horas vais pagar para eu descansar um bocado, OK? Obrigado! É que estava mesmo a precisar! Nos primeiros dias não vou fazer nada. Combinado."
Seria o mesmo que um respeitável cidadão recorrer aos serviços de uma profissional do sexo e ela dizer: "A hora são 10 contos - em moeda antiga. Mas esta hora é para eu descansar". O cliente não fica satisfeito.
E nós, tal como as prostitutas não temos outra opção senão fazer o "servicinho". Ainda atordoados com o choque do regresso, mas já completamente "orientados ao cliente". É que bem vistas as coisas, o trabalho de um consultor ou o trabalho de uma prostituta, é basicamente tudo a mesma coisa. Tirando um ou outro detalhe mais técnico.
Voltar de férias é sempre mau. Parece que cada vez é pior. Cada regresso é mais doloroso e traumatizante.
Quando voltamos de férias o ideal é estar uns diazinhos sem fazer nada, só para descansar das férias. Preparar os próximos projectos... ler umas coisas. Enfim... estar uns dias sem fazer nada.
O problema é que este plano de pousio pós-férias se torna complicado quando vamos imediatamente para um cliente, sem passar pela casa da partida (que é como quem diz: pelo escritório). E já agora, sem receber os dois contos. Dois contos em moeda antiga, bem entendido. É que se não usarmos esta expressão fantástica: "em moeda antiga", niguém se iria lembrar o que era isso dos "contos".
E qual é o mal de ir trabalhar para a "casa" de um cliente? O mal, é que sendo nós profissionais pagos à hora (leia-se prostitutas consultoras), pode tornar-se complicado explicar ao cliente: "Olha, já estás a pagar para eu estar aqui, mas estas primeiras 32 horas vais pagar para eu descansar um bocado, OK? Obrigado! É que estava mesmo a precisar! Nos primeiros dias não vou fazer nada. Combinado."
Seria o mesmo que um respeitável cidadão recorrer aos serviços de uma profissional do sexo e ela dizer: "A hora são 10 contos - em moeda antiga. Mas esta hora é para eu descansar". O cliente não fica satisfeito.
E nós, tal como as prostitutas não temos outra opção senão fazer o "servicinho". Ainda atordoados com o choque do regresso, mas já completamente "orientados ao cliente". É que bem vistas as coisas, o trabalho de um consultor ou o trabalho de uma prostituta, é basicamente tudo a mesma coisa. Tirando um ou outro detalhe mais técnico.
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