As vantagens de estar no emprego
Pelo menos aqui tenho ar condicionado.
(E pagam-me no fim do mês)
Em casa não tenho A/C. Tenho uma ventoínha que comprei ontem carrefour.
Tenho a forte convicção de que a ventoínha é uma das invenções mais deprimentes da criação humana. O nome, diga-se, também não ajuda muito. O sufixo "inha" dificilmente poderá conferir alguma dignidade a um objecto, qualquer que seja.
Mas ontem, ao fazer as compras habituais da semana (leite, cereais, queijo, fiambre, pão de forma artificial - tipo panrico ou similiar, cerveja. reparem como estão bem representados todos os grupos da famigerada roda dos alimentos), lá estava ela, radiosa, a olhar para mim.
Reconheço-o: Sucumbi a mais uma armadilha do consumismo. Consumi um artigo que não tinha planeado comprar. Senti-me um verdadeiro dono de casa. Ainda mais porque tinha feito uma máquina de roupa e tinha deixado uma "roupita na corda" - uma coisa que eu nunca tinha ousado sequer imaginar ser possível, embora sempre tenha sonhado poder usar esta expressão: "ter uma roupita na corda".
O A/C aqui começa a fraquejar. Está um calor que não se aguenta.
É o caos. O fim do mundo. O armagedão. Há altos brados, pranto e ranger de dentes. Agora só conto os minutos para poder correr para casa e abraçar a minha ventoínha esvoaçante.
(E pagam-me no fim do mês)
Em casa não tenho A/C. Tenho uma ventoínha que comprei ontem carrefour.
Tenho a forte convicção de que a ventoínha é uma das invenções mais deprimentes da criação humana. O nome, diga-se, também não ajuda muito. O sufixo "inha" dificilmente poderá conferir alguma dignidade a um objecto, qualquer que seja.
Mas ontem, ao fazer as compras habituais da semana (leite, cereais, queijo, fiambre, pão de forma artificial - tipo panrico ou similiar, cerveja. reparem como estão bem representados todos os grupos da famigerada roda dos alimentos), lá estava ela, radiosa, a olhar para mim.
Reconheço-o: Sucumbi a mais uma armadilha do consumismo. Consumi um artigo que não tinha planeado comprar. Senti-me um verdadeiro dono de casa. Ainda mais porque tinha feito uma máquina de roupa e tinha deixado uma "roupita na corda" - uma coisa que eu nunca tinha ousado sequer imaginar ser possível, embora sempre tenha sonhado poder usar esta expressão: "ter uma roupita na corda".
O A/C aqui começa a fraquejar. Está um calor que não se aguenta.
É o caos. O fim do mundo. O armagedão. Há altos brados, pranto e ranger de dentes. Agora só conto os minutos para poder correr para casa e abraçar a minha ventoínha esvoaçante.
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