Um Jack Bauer em cada esquina

O Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, assinou hoje uma lei que autoriza o recurso a "métodos agressivos" nos interrogatórios a suspeitos de terrorismo e que permite o seu julgamento por tribunais militares.

Mais uma vez a realidade imita a ficção.

Se calhar o Bush é fã do 24. Nós também somos. Gostamos do Jack Bauer. Dos seus métodos "alternativos". E da sua eficiência a apanhar os "maus". Mas é na televisão, uma hora por semana.

A realidade não é um episódio do 24, e quando desligamos a TV o Jack vai fazer o-ó.
Se calhar preferíamos que esses métodos continuassem a ser "alternativos". E que o Jack Bauer ficasse dentro da televisão.

A 9ª arte

Começa por estes dias o 17º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora. Hoje de manhã na radio, falava-se com grande naturalidade da 9ª arte.
Confesso que nunca percebi muito bem esta coisa das artes terem números. O cinema é a 7ª, a BD aparentemente é a 9ª. As outras não faço ideia.

Pergunto-me qual será o lugar das construções na areia (ou das réplicas de monumentos famosos com pauzinhos de super-maxi) no ranking das artes.

Nível zero de evolução na carreira

Hoje tive primeiro acidente profissional da minha carreira:
Queimei a mão a tirar um café numa máquina de expresso profissional.
(história deprimentemente verídica)

No limbo

Saiu a notícia há dias. Parece que acabou o limbo. O Pedro Mexia tem pena. E eu também. Concordo com ele quando diz:

Tenho pena que o limbo tenha acabado. O limbo era uma imagem muito adequada às vidas de muitos de nós.

Às vezes acho que vivo no limbo. Grande parte da minha vida.

Como é possível então que tenha acabado? E ninguém me avisou?
Fui expulso de casa e nem recebi ordem de despejo.

Não posso aceitar isso. Se o Bogart dizia "We'll always have Paris", eu também posso dizer "Eu irei sempre ter o limbo".

Isto sim, é serviço público:

Quando pensavámos que o melhor que o Record tinha feito para melhorar a nossas vidas era o Sudoku Online, eis que surge... isto.

Ponte

Hoje ninguém trabalhou neste país.
Metade dos trabalhadores estiveram de férias. A outra metade, na qual eu orgulhosamente me incluo, veio para o local de trabalho para passar o dia inteiro sem fazer nada.

Eu gosto destes dias. Mesmo que tenha que vir trabalhar.
Acho que até prefiro vir para o trabalho, só para ter o prazer de estar aqui sozinho sem colegas nem chefes. Sem fazer nada.

É o prazer transgressor de desafiar o sistema. A loucura do dia-a-dia.