Sandes de Choco
Um espaço dedicado ao choco em geral e à sandes de choco frito em particular. E aos seus derivados e sucedâneos. E à mini. E não só.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Para não dizerem que não me sinto natalício

Aqui ficam as minhas prendas (cortesia do Badas e Daily Spammer):

O brilhante elogio fúnebre de John Cleese a Graham Chapman.

E como já diziam os Monty Python... é caso para dizer, mesmo quando nos sentimos em baixo... Nobody expects the spanish inquisition!!!

Para perceber melhor o elogio do John Cleese vale a pena ver (ou rever) o "Dead Parrot Sketch".

E já agora, vale mesmo a pena (re)ver autênticas obras primas como o "Bicycle Repair Man", "The Lumberjack Song" ou "Ministry Of Silly Walks".

Irritações de Natal

Não me levem a mal. Eu gosto de Natal. A sério.
Mas o Natal já irrita. Já chateia. Cansa. Ainda por cima este ano cai a um sábado. Será que este tormento nunca mais acaba?

Já não falo da correria das prendas sem saber o que comprar ou dos jantares em família com aquela tia chata que pergunta sempre as mesmas coisas para as quais não temos (nem queremos ter) resposta: "Como é que vai o emprego?" ou "Então quando é que casas?"

Falo de coisas muito, mas muito mais graves. A saber:

1. Os postais de Natal electrónicos: Não há nada mais deprimente do que postais de Natal electrónicas com mensagens de paz e amor, desenhos de ursinhos ou outros bichinhos queridos rodeados de presentes, e o ponto alto: uma músiquinha natalícia em midi que se enfia nos nossos tímpanos e não conseguimos desligar.

2. Mails de Boas Festas que circulam dentro das empresas: Possivelmente a única coisa mais deprimente que os postais de Natal electrónicos (ver tópico anterior), vindos de colegas que não conhecemos, nem nunca quisemos conhecer, mas que tiveram a feliz ideia de enviar estas simpáticas mensagens de boas festas electrónicas para o mail geral da empresa. Se eu fosse chefe punha-os na rua antes dos "Reis". Acho que este tipo de coisas é motivo para despedimento com justa causa. No mínimo.

3. Jantares de Natal: Pessoas que não se conhecem muito bem, nem gostam particularmente umas das outras encontram-se em jantares chatos, onde a única solução para o suplício é ficar bêbado meia hora antes.

Dei por mim a pensar porque é que não faço jantar de Natal com os meus amigos. Só com pessoas chatas. É porque não preciso. Janto com eles todos os fins de semana, todos os dias, ou todos os anos. Quando me apetece. Não têm que ser jantares de Natal, nem de Carnaval, nem de Páscoa. Jantamos porque gostamos de jantar juntos. São "jantares de nada".

4. Jantares de Natal com trocas de prendas: Muito piores que os referidos no tópico anterior. Somos obrigados a comprar à pressa coisas inúteis para pessoas que nem conhecemos muito bem, e que nem vão saber quem lhes deu aquele belo artefacto, e que por sua vez também não queriam dar nem receber uma prenda.

5. Natal nas empresas: Por reunir todos tópicos anteriores, exponenciados por estarem lá pessoas que trabalham connosco, e que ainda temos que aturar ao jantar. E para além desses ainda vão os chefes. Não somos pagos para isso.

Como exemplo posso mostrar-vos a bela prenda que me saiu no ano passado:



Não estou a brincar. Deram-me mesmo isto.
Não sei quem me deu. Acho que também não quero saber. Só de pensar nisso tenho um certo medo.
Felizmente o jantar de Natal da empresa este ano não teve troca de prendas.

6. Pessoas que usam barretes de Pai Natal na rua: Os barretes são ridículos. Se vão pôr um barrete de Pai Natal, porque não usar todo o fato de Pai Natal? Porque é ridículo. Então porquê usar o barrete?

- Os Pais Natais pendurados nas varandas: Estão em todo o lado. De todos os tamanhos e feitios. Piores que as bandeiras portuguesas do Scholari (mal desenhadas, desbotadas e encardidas).
Porque raio é que o Pai Natal iria estar pendurado numa varanda? O Pai Natal é suposto descer pela chaminé na noite de Natal. Não é suposto ficar pendurado numa varanda 2 meses antes. Só me faz lembrar um amante que teve fugir à pressa quando o marido chegou mais cedo a casa.

A única razão para o Pai Natal tentar entrar (ou sair?) pela varanda é porque hoje em dia já não temos muitas casas com chaminés verdadeiras. E a chaminé de ventilação dos exaustores é um sítio nojento. Eu também não ia querer ficar preso naquela rede cheia de gordura seca e colada.

Um amigo meu chamou ao conceito do "Pai Natal pendurado na varanda" o "Enforcado". Eu não ia tão longe. "Pai Natal suicida, mas que ficou preso nas cordas do estendal", isso sim, mas "enforcado" é capaz de ser forte demais.

Votos de um Bom e Santo Natal a todos! E que recebam muitas sandes de choco!

quarta-feira, dezembro 21, 2005

A Primeira Companhia é a "Tele-Tropa"

Eu gosto de ver televisão. E como tal tenho que gostar do chamado tele-lixo.

Não tenho acompanhado os últimos "Big Brothers" com famosos, "Big Brothers" sem famosos, Quintas, ou programas da Tropa. Tudo com o sêlo de qualidade da TVI, pois 'tá claro. Mas não é por falta de vontade. Gosto de ver essas coisas. É tão refrescante e libertador como ver um filme muito mau, tirar um macado do nariz ou coçar o rabo. Quando estou em casa ligo sempre a televisão nesses programas.

Gosto particularmente deste programa da tropa. Nem é pelos famosos que participam. Acho aquilo engraçado.
Desde que um amigo meu foi escolhido (o único que conheço que teve esse azar) para ir passar uma temporada na recruta em Vendas Novas, que me fascinam todos os aspectos da vida militar, ou pelo menos os do Serviço Militar Obrigatório (SME) que vigorava na altura.

Talvez seja por, malogradamente, ter ficado inapto na inspecção, nesse ano longínquo de 2000, devido a um gravíssimo problema de saúde relacionado com uma forte e "exuberante" alergia a pólens de gramíneas. Mas a verdade é que acompanho com dedicada atenção este programa. (O termo "exuberante" não é meu. Foi o doutor que o usou. Talvez se referisse ao nível sonoro dos meus espirros e ao ranho e lágrimas abundantes que esses pólens dos infernos me causavam na altura).

O programa funciona como uma espécie de tele-escola, neste caso será a tele-tropa. Vemos as ordens esclarecidas dos instrutores, e os exemplos dos "famosos" nas várias "instruções", e é como se estivéssemos a viver aqueles momentos gloriosos.
Aprendemos coisas tão utéis e interessantes como a famosa "Queda na máscara", a fazer a "Ordem Unida", como determinar qual é o nosso "olho director", ou ainda em que situações devemos usar a farda número 1 e não a número 3. Se isto não é serviço público, então não sei o que será serviço público.

E aprendemos as vozes de comando. Estas são-me particularmente caras. Penso mesmo que seria mesmo possível declamar as obras completas de Pessoa apenas com recurso a palavras que soam todas a "Eeeee Op!". Pelo menos os instrutores conseguiam. E os recrutas iam perceber.

Até consigo sentir a camaradagem. A entre-ajuda dos "camaradas" na caserna (sim, porque "colegas são as putas!"), e compreendo a importância do espírito de corpo. É como se estivesse lá eu.

Ai as memórias que o programa me trouxe... E logo a mim que nem sequer fui à tropa.

Facto irrevelante e totalmente inócuo (III)

Hoje é dia 21/12. O que por si só, já dava justifica um post deste género.

Porque é o solestício de Inverno e porque é uma capicua. 12/12 não é uma coisa nem outra. Mas também é um número giro.

A palavra "inócuo" é fixe, não é?

Facto irrevelante e totalmente inócuo (II)

O meu blog fez um ano. E ninguém deu por nada. Nem eu. Deprimente, não é?

Foi no dia 12/12. E nem teve direito a post comemorativo para pessoas simpáticas fazerem comentário originiais (os poucos que ainda vão comentando) do género: "Parabéns! LOL!!!" (agora é que ninguém mais comenta mesmo!). Nem teve direito a festa com palhaços a fazer animais com balões, nem a um bolo de anos com uma vela e uns bonecos do rato mickey ou uns pokémons (os meus favoritos: o Psyduck e o Jigglypuff. tento evitar o óbvio e pouco interessante Pikatchu).

Facto irrevelante e totalmente inócuo (I)

Só noto que já há uma semana que não escrevo nada no blog porque já é quarta-feira de novo e vai dar o 24. De novo. É para verem como a minha social está animada.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Vai começar!



É o regresso do 24. Finalmente a TV volta a ter interesse. E para quando a nova série do Lost na RTP?

Os debates para as Presidenciais (porque este blog é um blog sério e também escreve coisas sérias sobre política)

Tenho notado que nos últimos dias muitos blogs se têm dedicado a comentar os debates entre os candidatos às eleições presidenciais. E acho muito bem.
Mas como eu não percebo muito de política tenho-me abstido de fazer tentativas patéticas de emitir qualquer tipo de opinião sobre o tema, e assim poupo-me a fazer uma figura muito triste.

No entanto, este blog é um blog sério e também quero escrever coisas sérias sobre política.
É então embuído de grande espírito de cidadania, e no contexto do actual ambiente de pré-campanha para as Eleições Presidenciais, que fervilha de emoção e vitalidade democrática que vou emitir uma opinião política. Aqui vai:

Era o tópico de hoje de manhã no forum da TSF:
"No Fórum TSF, queremos ouvir a sua opinião sobre a forma como estão a decorrer os debates entre os candidatos à Presidência da República. A seguir às notícias das 10, queremos saber se considera que os debates têm sido esclarecedores e se estão a ser discutidos os temas mais importantes"

Muito se tem dito acerca do modelo de debates que está ser utilizado nas nossas TVs. Eu também concordo que este modelo não resulta. Devia ser uma salutar troca de argumentos e um verdadeiro debate de ideias. Os candidatos deviam poder olhar-se nos olhos e interpelar-se, abordando directamente e com franqueza as questões que realmente interessam aos portugueses.

Mas não. O que temos são entrevistas "sensaboronas" que não adiantam nada ao que já sabemos: A Luiza é a má da fita (na novela), a menina de Lisboa apaixonou-se pelo Granger na Universidade de Aveiro (na outra novela), e o Jorge Monte Real tem muito mais aprumo na formatura do que a Cristina Areias que chega sempre atrasada à formatura e mal arranjada, o que fez a recruta chorar.

Para mim, para termos debates mais atractivos e interessantes entre os candidatos, devíamos adoptar um dos seguintes modelos:

1. Debate sob a forma de combate em rap, ao desafio (com improvisação).
2. Debate sob a forma de fadinhos ao desafio (com improvisação).
3. Debate sob a forma de quadras populares (com improvisação).
4. Debate sob a forma de duelo musical - típico em filmes musicais tipo Grease (danças opcionais - depende da dimensão do estúdio).
5. Debate sob a forma de jogo infantil "anani ananão. ficas tu o presidente e eu não".

A opção 5 é menos criativa (reparem que não exige improvisação ou talentos especiais de canto ou dança) mas é mais fácil de compreender quem ganhou o debate. É especialmente pensada para o publico alvo da TVI.

ndr: O meu voto nas eleições vai para o Badas por razões pessoais (conheço o gajo e depois posso tentar sacar um tacho), e para o Vieira por convicção política. Como só posso votar num, o Badas fica o Presidente e o Vieira fica como 1º damo de honor.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Inspiração e "gajas nuas"

A inspiração nem sempre vem. E muitas vezes os posts não saem.

Às vezes os blogs vão ficando esquecidos e nem é por falta de inspiração. Nem sequer por falta de tempo. Há sempre tempo. Nós é que podemos optar por gastá-lo noutra coisa qualquer.

O problema é que os leitores vão perdendo o hábito de vir espreitar se há alguma coisa nova (ou poucos que têm esse hábito) e vamos perdendo os poucos fãs que ainda vão sendo fieis.

O ideal era ter um sistema automático que mostrasse todos os dias uma coisa diferente. Por exemplo "gajas nuas". É um tópico sempre popular na internet. Uma gaja nua diferente todos os dias. Assim o pessoal vinha sempre aqui espreitar e não perdia esse hábito.

Ora aí está uma grande ideia. E é um conceito aplicável a qualquer tipo de criação artística ou literária: Quando se perde a inspiração e a piada mete-se "gajas nuas".

Eu estava convencido que tinha tido uma ideia original. Mas não. Ao falar disso com um amigo, ele abriu-me os olhos: "Isso é o método 'Herman José', não é? Ele já faz isso há muito tempo no programa dele da SIC".
Pois é. É mesmo verdade! Nunca tinha pensado nisso dessa forma. Não é que não aprecie "gajas nuas" mas já há muito tempo que desisti de ver o programa do Herman no domingo à noite. Prefiro ver a "Tele-Tropa" na TVI: os instrutores, "a queda na máscara", a "ordem unida", as vozes de comando. Há algo de fascinante no mundo militar. E mesmo ali ao nosso alcance. Apenas à distância de um comando de televisão (eu que nem fui à tropa).

Querem ver que já nem uma ideia original consigo ter? Só espero nunca perder a inspiração. É que não conheço muitas "gajas nuas".

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